segunda-feira, 29 de junho de 2009
domingo, 28 de junho de 2009
RECICLAGEM - LACRES E CROCHE
sábado, 27 de junho de 2009
sexta-feira, 26 de junho de 2009
quinta-feira, 25 de junho de 2009
SACOS MALAS E MALINHAS MINHAS
Quase todas as malinhas deste blog, foram feitas por mim, e foram oferecidadas a familiares e amigas.
quarta-feira, 24 de junho de 2009
É DIA DE S. JOÃO
QUADRAS AO GOSTO POPULAR
O vaso que dei àquela
Que não sabe quem lho deu
Há-de ser posto à janela
Sem ninguém saber que é meu.
O manjerico comprado
Não é melhor que o que dão.
Põe o manjerico de lado
E dá-me o teu coração.
Por um púcaro de barro
Bebe-se a água mais fria.
Quem tem tristezas não dorme,
Vela para ter alegria.
Fernando Pessoa
O vaso que dei àquela
Que não sabe quem lho deu
Há-de ser posto à janela
Sem ninguém saber que é meu.
O manjerico comprado
Não é melhor que o que dão.
Põe o manjerico de lado
E dá-me o teu coração.
Por um púcaro de barro
Bebe-se a água mais fria.
Quem tem tristezas não dorme,
Vela para ter alegria.
Fernando Pessoa
terça-feira, 23 de junho de 2009
MEANTIME
Far away, far away,
Far away from here...
There is no worry after joy
Or away from fear
Far away from her.
Her lips were not very red,
Nor her hair quite gold.
Her hands played with rings.
She did not let me hold
Her hands playing with gold.
She is somewhere past,
Far away from pain.
You can touch her not, nor hope
Enter her domain,
Neither love in vain.
Perhaps at some day beyond
Shadows and light
She will think of me and make
For me a delight,
Far away from sight.
Fernando Pessoa, in Poemas Ingleses
Far away from here...
There is no worry after joy
Or away from fear
Far away from her.
Her lips were not very red,
Nor her hair quite gold.
Her hands played with rings.
She did not let me hold
Her hands playing with gold.
She is somewhere past,
Far away from pain.
You can touch her not, nor hope
Enter her domain,
Neither love in vain.
Perhaps at some day beyond
Shadows and light
She will think of me and make
For me a delight,
Far away from sight.
Fernando Pessoa, in Poemas Ingleses
segunda-feira, 22 de junho de 2009
domingo, 21 de junho de 2009
sábado, 20 de junho de 2009
quinta-feira, 18 de junho de 2009
POESIA DE ANTERO DE QUENTAL
Terra de exílio! Aqui também as flores
Têm perfume e matiz; também vicejam
Rosas no prado, e pelo prado adejam
Zéfiros brandos suspirando amores:
Também cá tem a terra seus primores;
Pelos vales as fontes rumorejam;
Tem as moitas seus sopros, que bafejam,
E o céu tem sua luz e seus ardores.
Em toda a natureza há ardor e cantos,
Em toda a natureza Deus se encerra...
E contudo esta é a causa dos meus prantos!
Eu sou bem como a flor que não descerra
Em clima alheio. Que importa teus encantos?
Não és, terra de exílio, a minha terra.
Têm perfume e matiz; também vicejam
Rosas no prado, e pelo prado adejam
Zéfiros brandos suspirando amores:
Também cá tem a terra seus primores;
Pelos vales as fontes rumorejam;
Tem as moitas seus sopros, que bafejam,
E o céu tem sua luz e seus ardores.
Em toda a natureza há ardor e cantos,
Em toda a natureza Deus se encerra...
E contudo esta é a causa dos meus prantos!
Eu sou bem como a flor que não descerra
Em clima alheio. Que importa teus encantos?
Não és, terra de exílio, a minha terra.
quarta-feira, 17 de junho de 2009
POESIA DE ÁLVARO DE CAMPOS
Quando olho para mim não me percebo.
Tenho tanto a mania de sentir
Que me extravia às vezes ao sair
Das próprias sensações que recebo.
O ar que respiro, este licor que bebo,
Pertencem ao meu modo de existir,
E eu nunca sei como hei-de concluir
As sensações que ao meu pesar concebo.
Nem nunca, propriamente reparei,
Se na verdade sinto o que sinto. Eu
Serei tal qual pareço em mim? Serei
Tal qual me julgo verdadeiramente?
Mesmo antes as sensações sou um pouco ateu,
Nem sei bem se sou eu quem em mim sente.
ÁLVARO DE CAMPOS
Tenho tanto a mania de sentir
Que me extravia às vezes ao sair
Das próprias sensações que recebo.
O ar que respiro, este licor que bebo,
Pertencem ao meu modo de existir,
E eu nunca sei como hei-de concluir
As sensações que ao meu pesar concebo.
Nem nunca, propriamente reparei,
Se na verdade sinto o que sinto. Eu
Serei tal qual pareço em mim? Serei
Tal qual me julgo verdadeiramente?
Mesmo antes as sensações sou um pouco ateu,
Nem sei bem se sou eu quem em mim sente.
ÁLVARO DE CAMPOS
terça-feira, 16 de junho de 2009
segunda-feira, 15 de junho de 2009
sexta-feira, 12 de junho de 2009
quarta-feira, 10 de junho de 2009
UM POEMA DE CAMÕES
Eu cantei já, e agora vou chorando
O tempo que cantei tão confiado;
Parece que no canto já passado
Se estavam minhas lágrimas criando.
Cantei; mas se me alguém pergunta quando,
Não sei; que também fui nisso enganado.
É tão triste este meu presente estado,
Que o passado por ledo estou julgando.
Fizeram-me cantar, manhosamente,
Contentamentos não, mas confianças;
Cantava, mas já era ao som dos ferros.
De quem me queixarei, que tudo mente?
Mas eu que culpa ponho às esperanças,
Onde a Fortuna injusta é mais que os erros?
O tempo que cantei tão confiado;
Parece que no canto já passado
Se estavam minhas lágrimas criando.
Cantei; mas se me alguém pergunta quando,
Não sei; que também fui nisso enganado.
É tão triste este meu presente estado,
Que o passado por ledo estou julgando.
Fizeram-me cantar, manhosamente,
Contentamentos não, mas confianças;
Cantava, mas já era ao som dos ferros.
De quem me queixarei, que tudo mente?
Mas eu que culpa ponho às esperanças,
Onde a Fortuna injusta é mais que os erros?
domingo, 7 de junho de 2009
SÍSIFO- MIGUEL TORGA
Recomeça....
Se puderes
Sem angústia e sem pressa.
E os passos que deres
Nesse caminho duro
Do futuro
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses
De nenhum futuro queiras só metade.
E, nunca saciado
Vai colhendo
Ilusões sucessivas no pomar
Sempre a sonhar
Acordado,
O logro da aventura.
És homem não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde com lucidez, te reconheces.
Se puderes
Sem angústia e sem pressa.
E os passos que deres
Nesse caminho duro
Do futuro
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses
De nenhum futuro queiras só metade.
E, nunca saciado
Vai colhendo
Ilusões sucessivas no pomar
Sempre a sonhar
Acordado,
O logro da aventura.
És homem não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde com lucidez, te reconheces.
IMPRESSÕES SOBRE ARTE
" O artista é um Sísifo social e histórico que busca permanentemente novos sentidos para os percursos da sua pedra(...)"
Paulo Herkenhoff
Paulo Herkenhoff
O GUARDADOR DE REBANHOS
Pensar em Deus é desobedecer a Deus,
Porque Deus quis que o não conhecêssemos,
Por isso se nos não mostrou...
Sejamos simples e calmos,
Como os regatos e as árvores,
E Deus amar-nos-á fazendo de nós
Belos como as árvores e os regatos,
E dar-nos-à verdor na sua primavera,
E um rio onde ir ter quando acabemos!...
Alberto Caeiro
Porque Deus quis que o não conhecêssemos,
Por isso se nos não mostrou...
Sejamos simples e calmos,
Como os regatos e as árvores,
E Deus amar-nos-á fazendo de nós
Belos como as árvores e os regatos,
E dar-nos-à verdor na sua primavera,
E um rio onde ir ter quando acabemos!...
Alberto Caeiro
sábado, 6 de junho de 2009
TRUQUES & DICAS
Para manter a fruteira livre dos incómodos mosquitos é so colocar dentro um dente de alho. Afugenta os mosquitos e a fruta fica mais tempo fresca.
sexta-feira, 5 de junho de 2009
A EXISTÊNCIA NO TEMPO
A vida só é curta se a coloco no patíbulo do tempo. As suas possibilidades só são limitadas se me pomho a contar o número de palavras ou livros que a morte me dará ainda tempo de acender. Mas porque me hei-de eu pôr a contar? Na verdade nada do que é importante e acontece e me faz vivo, tem a ver com o tempo.O encontro com o ser amado, uma carícia na pele, a ajuda no momento crítico, a voz solta de uma criança, o frio gume da beleza- nada disso tem horas e minutos. Tudo se passa como se não houvesse tempo. Que importa se a beleza é minha durante um segundo ou por cem anos? A felicidade não só se situa à margem do tempo, como nega a relação toda a relação deste com a vida.
Assim, num só movimento, liberto com os ombros do peso de dois fardos: o tempo e as tarefas que teimam em me exigir. Nem a vida é mensurável, nem viver é uma tarefa. O salto do cabrito ou o nascer do sol não são tarefas. Como há-de sê-lo a vida humana- força surda a crescer na dor da perfeição? E o que é perfeito não desempenha tarefas. O que é perfeito labora em estado de repouso. É absurdo que a função do mar seja exibir armadas e golfinhos. Evidentemente que o faz- mas preservando toda a sua liberdade. Que outra tarefa a do homem, senão viver? Faz máquinas? Escreve livros? Faça o que fizer, poderia muito bem fazer outra coisa. Não é isso que importa. Importa é saber-se um fim autónomo, que repousa em si mesmo como uma pedra sobre a areia.
Stig Dagerman (Suécia, 1923/1954)in: A nossa necessidade de consolo é impossível de satisfazer
Assim, num só movimento, liberto com os ombros do peso de dois fardos: o tempo e as tarefas que teimam em me exigir. Nem a vida é mensurável, nem viver é uma tarefa. O salto do cabrito ou o nascer do sol não são tarefas. Como há-de sê-lo a vida humana- força surda a crescer na dor da perfeição? E o que é perfeito não desempenha tarefas. O que é perfeito labora em estado de repouso. É absurdo que a função do mar seja exibir armadas e golfinhos. Evidentemente que o faz- mas preservando toda a sua liberdade. Que outra tarefa a do homem, senão viver? Faz máquinas? Escreve livros? Faça o que fizer, poderia muito bem fazer outra coisa. Não é isso que importa. Importa é saber-se um fim autónomo, que repousa em si mesmo como uma pedra sobre a areia.
Stig Dagerman (Suécia, 1923/1954)in: A nossa necessidade de consolo é impossível de satisfazer
quinta-feira, 4 de junho de 2009
quarta-feira, 3 de junho de 2009
terça-feira, 2 de junho de 2009
OBRA DE ARTE
-Eu acredito que há um sopro divino em cada criação.
-Tenho uma ideia diferente. Para mim a obra de arte é o trabalho árduo que o artista constrói à volta de um momento de maior sensibilidade. Não acredito nessas coisas de inspirações divinas, de sopros ao ouvido.
Luís Costa Pires, in: Ao teu Lado, Vega, 2008
-Tenho uma ideia diferente. Para mim a obra de arte é o trabalho árduo que o artista constrói à volta de um momento de maior sensibilidade. Não acredito nessas coisas de inspirações divinas, de sopros ao ouvido.
Luís Costa Pires, in: Ao teu Lado, Vega, 2008
segunda-feira, 1 de junho de 2009
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